sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Só hojeeeeeeee

Só Hoje
Jota Quest
Composição: Fernanda Mello e Rogério Flausino

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar na boca de um jeito que te faça rir (que te faça rir)
Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo

Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia

Que eu faço tudo errado sempre, sempre
Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje

A difícil arte de saber amar

Se tudo fosse - “Eu te amo. Você me ama? Resposta: “Amo. Pronto! Seria simples.
E foram felizes paro o resto da vida. Quando tal diálogo acontece e duas pessoas percebem que se amam, aí a dúvida e a confusão não terminam. começam! Não está disposto na lei da vida que duas pessoas que se amam, saibam amar.
O normal é as duas não saberem. Raro é as duas saberem.
O habitual é uma saber e aguentar o rojão pela outra. Saber! amar!
Quanta gente prefere viver com alguém que sabe amar, mesmo que não o ame!
Quanto amor pode brotar da relação com quem sabe amar!
Quem sabe amar pode até realizar o milagre de acabar recebendo o amor de quem não o ama, ou ama e não sabe.
Saber amar é conhecer o amor como forma de arte.
O amor é apenas um sentimento, enquanto que saber amar é uma criação, visão estética do amor. Tanto é flor na hora certa, como presente fora de hora.
Saber amar implica conhecer sabedorias que o amor não sabe, como esperar, deixar fluir, não invadir as dúvidas do outro, abafar nem impedir que a outra parte supere a fossa, a angústia ou a dor que a oprime.
Quem ama desama junto.
Quem sabe amar, por conhecer exata dos orgulhos que valorizam o amor, suporta tal sentimento, desde que seja passageiro, é claro.
Quem ama, quando cansa pode voltar a amar.
Quem sabe amar quando desliga é para sempre.
É mais fácil afrontar a quem ama do que a quem sabe amar.
Este, conhece tanto a importância do seu sentimento, que quando o retira, machucado, incompreendido ou ferido de morte, é para sempre.
Cuidado com quem ama! Mas cuidado maior com quem sabe amar!
Quem perde um amor perde menos do que quem perde alguém que sabe amar.
Saber amar é depender.
Não é ser servil.
Não é viver agradando, não é fazer o que o outro quer.
Saber amar é ter as reações certas, de compreensão e crítica; é ocupar todo o seu lugar no espaço e no tempo do sentimento e da emoção do outro.
Saber amar é até saber desistir.
Saber amar é aquela parte que, partindo do amor, procura (até encontrar) a parte do outro que um dia saberá amar.
E a encontrando tem paciência, afeto e tolerância.
A menos que descubra que ela não merece.
Porque saber amar é também ter a coragem das renúncias, bravura raramente em quem, apenas, ama.
(Artur da Távola)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Não sei bem...

Não sei bem o que dizer sobre mim.
Não me sinto uma mulher como as outras.
Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações.
Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço.
Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo.
Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu anti socialismo interno.
Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa.
Penso como um homem, mas sinto como mulher.
Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha.
Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia.
Vida doméstica é para os gatos.
Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa.
Já o coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope.
Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris.
Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease.
Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.
Sou tantas que mal consigo me distinguir.
Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção.
Num piscar de olhos fico terna, delicada.
Acho que sou promíscua.
São muitas mulheres numa só, e alguns homens também."
martha medeiros

Jeito de ser

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, estejacada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até ahora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quandonão há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece,é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que prometee, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunteantes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação,mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independede status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que com amigo não tem que ter estas frescuras.
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe:
não é frescura.
Marta Medeiros

Pode invadir

Pode invadir
Ou chegar com delicadeza
Mas não tão devagar que me faça dormir
Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar
Acordo pela manhã com ótimo humor
Mas ... permita que eu escove os dentes primeiro
Toque muito em mim
Principalmente nos cabelos
E minta sobre minha nocauteante beleza
Tenho vida própria
Me faça sentir saudades
Conte algumas coisas que me façam rir
Viaje antes de me conhecer
Sofra antes de mim para reconhecer-me
Acredite nas verdades que digo
E também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro
Me deixe sozinha
Só volte quando eu chamar
E não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada
Então fique comigo quando eu chorar, combinado?
Seja mais forte que eu e menos altruísta!
Não se vista tão bem...Gosto de camisa para fora da calça,
Gosto de braços
Gosto de pernas
E muito de pescoço.
Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, cheiros, olhos, mãos...
Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.
Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.
Seja um pouco caseiro e um pouco da vida
Não goste tanto de boate que isto é coisa de gente triste.
Não seja escravo da televisão, nem xiita contra.
Nem escravo meu
Nem filho meu
Nem meu pai.
Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês
Mas me faça uma louca boa
Uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ...
Goste de música e de sexo
Goste de um esporte não muito banal
Não invente de querer muitos filhos
Me carregar pra a missa, apresentar sua família... isso a gente vê depois ... se calhar ...
Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora
Quero ver você nervoso,inquieto
Olhe para outras mulheres
Tenha amigos que se tornem meus amigos e digam muitas bobagens juntos.
Me conte seus segredos ...
Me faça massagem nas costas.
Não fume
Beba
Chore
Eleja algumas contravenções.
Me rapte!
Se nada disso funcionar ...
Experimente me amar!”
Marta Medeiros

A voz do Silêncio

A Voz Do Silêncio
- Pior do que a voz que cala,é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis,pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.

Um telefone mudo.
Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão.

Só ele permanece imutável,o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir,

pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos,expõem suas queixas, jogam limpo.

Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica,ouvimos um dos dois gritar:"Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!

"É o silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro.
É claro que há muitas situaçõe sem que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua,o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,o silêncio é um sonho.

Mesmo no amor,quando a relação é sólida e madura,o silêncio a dois não incomoda,pois é o silêncio da paz.

O único silêncio que perturba,é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,

não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônicae mesmo assim,
você entende a mensagem.
Marta Medeiros

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Bolo cremoso de milho


Achei interessante esta receita,copiei do Blog Eu Capricho!!
Aliás um blog que não me canso de visitar!! http://www.eucapricho.com/

A receita de hoje
Bolo cremoso de Milho.

Ingredientes:
1 lata de milho com água

1 lata de leite condensado

200 ml de leite de coco

3 colheres de sopa de margarina

3 colheres de queijo ralado

4 ovos

9 colheres de sopa de milharina (flocos de milho cozido)

2 colheres de sopa de pó royal

Canela a gosto (opcional)

Modo de Preparo:

1. Pré-aqueça o forno em temperatura média

2. Bata no liquidificador os ovos, leite condensado, leite de coco e margarina até formar um creme

3. Acrescente o queijo, o milho, a canela e a milharina e bata novamente

4. Por último acrescente o pó royal

5. Despeje em forma (de preferência teflon) untada

6. Asse em forno médio por 40 minutos aproximadamente
Fica por conta de cada um fazer uma caldinha de chocolate e jogar por cima. hummmm

Era uma vez.... rsrsrsrsr

Era uma vez Numa terra muito distante
Uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre.

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein? Nem morta!

(Luís Fernando Veríssimo)

Goste de Alguém

Não goste apenas do amor..

Goste de alguém q te ame,
Alguém q te espere
Alguém q te compreenda mesmo nos momentos de loucura
De alguém q te ajude
Q te guie
Q seja seu apoio
Tua esperança,teu tudo

Goste de alguém q não te traia
Q seja fiel,q sonhe contigo,
Q só pense em vc
Q só pense no teu rosto
Na tua delicadeza,no teu espírito.
E não no teu corpo,nem em teus bens

Goste de alguém q te espere até o final
De alguém q sofra junto contigo
Q ria junto a ti
Q enxugue suas lágrimas
Q te abrigues quando necessário
Q fique feliz com tuas alegrias
E q te dê forças depois de um fracasso

Goste de alguém q volte pra conversar com vc depois das brigas
Depois do desencontro
De alguém q caminhe junto a ti
Q seja companheiroq respeite tuas fantasiastuas ilusões

Goste de alguém q te ame.

Goste de alguém q sinta o mesmo sentimento por você.
(Luis F.Veríssimo)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

AMIGAS


Achei este texto nas minhas andanças pelos Blogs (já tinha lido antes) mas resolvi copiar e coloca-lo aqui em homenagem e agradecimento as amigas que tenho, este cabe direitinho para pergunta que já me fizeram(qual amiga vc gosta mais) eu respondi cada uma tem um jeito "especial" e olha que são tantas amigas especiais cada uma com sua "cumplicidade" definida que quero que dure enquanto eu "estiver viva".


Amigas

Quando eu era pequena, acreditava no conceito de uma melhor amiga.
Depois, como mulher, descobri que se você permitir que seu coração se abra, você encontrará o melhor em muitas amigas.
É preciso uma amiga quando você está com problemas com seu homem.
É preciso outra amiga quando você está com problemas com sua mãe.
Uma outra quando você quer fazer compras, compartilhar, curar, brincar, fofocar ou apenas ser você.
Uma amiga dirá “vamos rezar”, uma outra “vamos chorar”, outra “vamos lutar”, outra “vamos fugir”.
Uma amiga atenderá às suas necessidades espirituais, uma outra à sua loucura por brincos, uma outra à sua paixão por filmes, outra estará com você em seus períodos confusos, outra será a luz, uma outra será o vento sob suas asas, e, quase todas, te puxarão a orelha de vez em quando.
Mas onde quer que ela se encaixe em sua vida, independentemente da ocasião, do dia ou de quando você precisa, seja com seus tênis e cabelos presos, ou para impedir que você faça uma loucura... todas essas são suas melhores amigas.
Elas podem ser concentradas em uma única mulher ou em várias... umas da infância, umas da escola, várias dos anos de faculdade, outras dos tempos de ralação no mestrado, algumas de antigos empregos, outras de ocupações atuais, algumas da igreja, em todos os dias há a própria mãezinha, em outros dias sua vizinha, em outros podem ser suas irmãs, e em outros suas filhas.
Assim, podem ter sido 20 minutos ou 20 anos o tempo que essas mulheres passaram e fizeram a diferença em sua vida.
Minhas queridas, algumas de vocês podem até estar longe geograficamente de mim, mas, estarão sendo lembradas com carinho perpetuamente, pois em algum momento da minha vida, fizeram algo por mim ou compartilharam de algum momento comigo, e desta forma, ganharam lugar cativo em meu coração.
Obrigada a todas que fazem parte do meu círculo de mulheres maravilhosas que fizeram, fazem e sempre farão a diferença em minha vida.

Postado por Esperando o Presente!(blog)

Quindim na portaria (Marcia Medeiros)

Estava lendo o novo livro do Paulo Hecker Filho, Fidelidades, onde, numa de suas prosas poéticas, ele conta que, antigamente, deixava bilhetes, livros e quindins na portaria do prédio do Mario Quintana: “Para estar ao lado sem pesar com a presença”.

Há outras histórias e poemas interessantes no livro, mas me detive nesta frase porque o não pesar os outros com nossa presença é um raro estalo de sensibilidade.
Para a maioria das pessoas, isso que chamo de um raro estalo de sensibilidade tem outro nome: frescura.
Afinal, todo mundo gosta de carinho, todo mundo quer ser visitado, ninguém pesa com sua presença num mundo já tão individualista e solitário.
Ah, pesa!
Até mesmo uma relação íntima exige certos cuidados.
Eu bato na porta antes de entrar no quarto das minhas filhas e na de meu próprio quarto, se sei que está ocupado.
Eu pergunto para minha mãe se ela está livre antes de prosseguir com uma conversa por telefone.
Não faço visitas inesperadas a ninguém, a não ser em caso de urgência, mas até minhas urgências tive a sorte de que fossem delicadas.
Pessoas não ficam sentadas em seus sofás aguardando a chegada do Messias, o que dirá a do vizinho.
Pessoas estão jantando. Estão preocupadas.
Pessoas estão com o seu blusão preferido, aquele meio sujo e rasgado, que elas só usam quando ninguém está vendo.
Pessoas estão chorando.
Pessoas estão assistindo a seu programa de tevê favorito.
Pessoas estão se amando.
Avise que está a caminho.
Frescura, jura?
Então tá, frescura, que seja.
Adoro e-mails justamente porque são sempre bem-vindos, e posso retribuí-los sabendo que nada interromperei do lado de lá.
Sem falar que encurtam o caminho para a intimidade.
Dizemos pelo computador coisas que face a face seriam mais trabalhosas.
Por não ser ao vivo, perde o caráter afetivo?
Nem se discute que o encontro é sagrado.
Mas é possível estar ao lado de quem a gente gosta por outros meios.
Quando leio um livro indicado por uma amiga, fico mais próxima dela.
Quando mando flores, vou junto com o cartão.
Já visitei um pequeno lugarejo só para sentir o impacto que uma pessoa querida havia sentido, anos antes. Também é estar junto.
Sendo assim, bilhetes, e-mails, livros e quindins na portaria não é distância: é só um outro tipo de abraço.

(Texto de Martha Medeiros)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Atritos(Roberto Crema)

Atritem-se !!!!

ATRITOS

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas.

À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos.

Sem eles, a vida seria monótona, árida.

A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.

Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar.

É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.

Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.

Outras, sem dúvidas, com suas ações e palavras, me criaram novas arestas, que precisaram ser desbastadas.

Faz parte...

Reveses momentâneos servem para o crescimento.

A isso chamamos experiência.

Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheia de excessos.

Os seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência
e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?

Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago.

É lá que está o verdadeiro valor... Pois, Deus fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de amor.

Deus deu a cada um de nós essa capacidade, a de amar...

Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar.

Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins.

Não entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado, faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e... os superando.

Ora, esse sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento...

E envolvimento gera atrito.

Minha palavra final: ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.

E sem ele a vida não tem significado.


Voltei das férias dia 02/02 hoje dia 06/02 sinto como se o ano estivesse começando agora, pois estive fora do ar o mês de janeiro todinho !!!
Li este texto no Perfil de uma amiga do Orkut!!
Achei interessante, muito bom parece que caiu como uma luva pra mim e para muitas pessoas que conheço pena que as mesmas não reconhecem o texto mas tbm talvez não tiveram a chance de ler!!
Por isso deixoo aqui registrado quem sabe um dia..........